quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mendigo de amor



Súdito do império
Armadura colonial
Água de alambique refrigério
Cai num poço mortal.

Plural singularizado
“nós” é só você
Meu amor ridicularizado
Romântico antiquado a perecer.

Amei no século XXI
Era forasteiro em terra estranha
Como num jogo resta um
Poço sorrateiro que me banha.

Quem aboliu a escravidão
Esqueceu de te comunicar
Amarrado a ti com cordas de paixão
Tenho sede, gotas de amor a mendigar.

                                                Jacques Manz

terça-feira, 19 de abril de 2011

Teoria dos Sistemas




Vivendo em processo erosivo
Reflexivo
Minhas lágrimas escorregam
Como massas morro abaixo
Que destrói onde passam.
Rios escavando a rocha
Sou interflúvio próximo
A depressão
Sonho de planalto
Realidade de planície
Estou longe do céu.
Vulcão de chorar lavas
Que empedrou no coração.
Sou blocos que se chocam
Um terremoto em mim
Razão e emoção
Tsunamis que me afogam
Elementos nada afins.

    Jacques Manz