sábado, 11 de dezembro de 2010

A úlima refeição



O salso de sua comida
Água quente para beber
O sabor insosso dos carinhos
O balde de água fria.
 A inversão
Dos valores
A contradição
Dos pudores
A concentração
Dos poderes
Eu inerme, peão
Você alentado, vilão
Onde ficou o banquete?
Com rosas de enfeite.
E a água que me refrescava?
Quem come o que foi meu?
No “breu”
Quem usa minha taça?
“Tripudia” da minha desgraça.
A encenação
Dos amores
A enganação
Dos atores
Como o enredo se desdobra...
...o fim da obra.

                                            Jacques Manz

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