sábado, 2 de julho de 2011

Segunda morte



 
Sou alma cremada
Dessas ao pó
Não fora jogada ao mar
Nem num belo jardim.
Sou alma cremada
Dessas às cinzas
Ninguém chorou
Ou me pediu perdão.
Ao corpo incinerado
Resta a alma
À alma cremada
A segunda morte.
Que ninguém vê
Ninguém chora
Ou leva flores.
Sou alma cremada
Dessas aos cacos
Aos cacos?
Alma de vidro
Que você fora transpassar
E quebrou
Mas, tudo que viram
Foi você sangrar...

                                         Jacques Manz

1 comentários:

Casillero del Kris disse...

Alma
Rara Calma
Calma
Na ânima bruta
Esta alma
Que do seio pulsa abrupta
Alma. Rara Calma.
Da vida rompeu.
Sugiu avidez
Desejo constante de te ter mais uma vez.
Minha'lma cobiça...
Não há corpo.
Não há pó.
Alma talvez.
Que aos poucos se desfaz.
A sentença se perfaz.
Último suspiro de minha'alma.

Suas palavras são tão bem colocadas...
Há sentido, há lógica.
Há coerência...
Mexe com aquele que se propões a perscrutar o íntimo. Não são só palavras posicionadas, mas um misto de sentidos.

Gostei muito viuu..

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