terça-feira, 26 de outubro de 2010

Babados...



              Você viu o cabelo horrível de Beatriz? Já reparou na saia curta de Vanessa? Ficou sabendo que Marina tem um caso com o patrão casado? Percebeu como a Manuela está imensa de gorda, acho que ta grávida? Reparou que Artur não “pega” ninguém? Já observou como a irmã de Paulinho é uma piriguete? Já a irmã do Roberto parece que virou lésbica. O Antonio que comia todas as meninas da cidade foi visto com o Glauber, aquele gay da pastelaria. A Ana está tentando furar o olho de Karla. Mas, todos sabem que o namorado da Karla é gay. Fiquei sabendo que o padre esta “comendo” a freira. E que Marcão o caminhoneiro tem 5 esposas em cada estado, mas que leva chifre de sua esposa com o Kaique filho da Maria que vende acarajé.
             Resumindo: Parece que a vida alheia tem um gosto especial, mais do que a nossa própria vida. Criamos até uma palavrinha que substituiu com classe a chamada “fofoca”. Com tanta classe que não soa feio. Contar um babado é interagir, é está por dentro. E todo mundo está babando. Nunca babamos tanto, com tanta perversidade que se a baba fosse veneno estaríamos extintos. Mas, porque essa necessidade de falar da vida alheia?
             Penso que, se alguém propaga algo alheio que está encoberto, no mínimo tem a intenção de tornar público. E se o alguém que encobre algo socialmente não muito aceito, assim o faz para não ser ridicularizado. Ou seja, quem conta o que está encoberto o faz para ver o outro ridicularizado.
E, por que a necessidade de ver o outro sendo ridicularizado?
Isso me tiraria do foco? Ou me deixaria mais importante? Ou, eu seria melhor em algum aspecto, já que não estou cometendo tamanha atrocidade?
             Vou te contar, mas pelo amor de Deus não conte para ninguém. Quem nunca ouviu essa frase? E quem nunca propagou o que escutou minutos depois de saber o fato e ouvir essa célebre frase? E por que ainda a dizemos? Seria uma forma hipócrita de preservar o outro que em verdade não queremos preservar? Ou uma forma de ser bom, duas vezes. Uma por não fazer o que fulano fez e outra por não querer que os outros fiquem sabendo o que ele anda fazendo.
            Mas não quero mesmo?
           A pergunta que não quer calar. Em que serei acrescentado em saber ou propagar que o padre está “comendo” a freira?
           E quando somos alvo da fofoca ou do babado, qual a sensação que temos? De revolta? E quando além de fofoca é calúnia? Com as famosas expressões: eu acho que, parece que, tudo indica que e a pior de todas: fiquei sabendo que... Pois, além de propagar algo que não tenho certeza ainda estou me livrando da responsabilidade da veracidade do fato.
         Para terminar que tal lembrar os pronomes possessivos?
Minha privacidade...
Sua privaciade...
Nossa felicidade...
Minha vida...
Sua vida...
Que tal cada um cuidar da sua?

Fofoca: não propague essa idéia e tenha uma vida mais saudável-

                                                                                                    Jacques Manz



2 comentários:

episódios disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
episódios disse...

querido vc acertou em cheio, parabéns!!!
é uma onda de difamação, calúnias ou maldade mesmo assolando esse país q dá uma mistura de embrulhar viu?!
q Deus seja poupado dessa falação toda rsrsr pq do jeito q a coisa tá caminhando já já "o dele" entra na roda rsrsr (com perdão da blasfémia).

Postar um comentário