terça-feira, 3 de agosto de 2010

Independência ou Morte!


          Mais um sete de setembro passou para nos lembrar: da frase eterna que ecoou do Ipiranga, ganhou força, resistiu a história mas, que se mostra totalmente contraditória.
          Somos mesmo independentes? Ficamos livres de Portugal e presos no caos! Não que essa liberdade não tivesse glória, mas o que fazer de um país que não sabe lhe dá com a liberdade? O que fazer com um adolescente que ganha sua liberdade e não sabe gozar desta?
         Deixando de lado, a dependência externa fatal para o mundo globalizado, vamos analisar a depêndencia interna.
        O Brasil se configura em dois aspectos. Apresenta uma elite dominante, a grande e suprema corte, que usurfrui de toda a riqueza do país, e um povo totalmente dependente das vontades, ideologias, e massacres da grande corte.
        Alguma coisa mudou aqui? Quanto a independência não sei, mas quanto à morte, essa sim é notícia a todo momento. Ninguém escapa. É um país que mata seu povo de fome, de frio, de sede. Que mata seus sonhos, que os governantes matam, que a violêcia mata...
       Que mata índio, e muitos Galdinos se foram e a impunidade reina. Que espanca empregadas domésticas e mais uma Sirlei é vítima. Ah desculpa! Achei que fosse um travesti, prostituta! Ah tudo bem, então espanquemos os travestis pois isso ameniza a culpa. Que matam os homossexuais, pois são aberrações. Que maltratam os negros. Pois sabemos que somos arianos, raça pura, assim como os europeus e seus preconceitos.
      Filhos que matam pais, pais que matam filho. E as Suzanes reinam
      País onde as crianças não escapam. Uma, duas, três....João Hélio, Isabela...
      País em que enteada é escravizada e toturada por madrasta...
      País que tortura crianças com agulhas...
      País que matam seus professores com salário indigno...
      Aluno que mata professor, profissão que morreu...
      País que namorado tira vida de namorada, e mais uma Elóa se vai, uma Eliza se vai, uma Mércia se vai...
      País do futebol com jogadores milionários que ainda têm tempo para maus exemplos.
      País no qual mulher é presa em cela masculina, é estuprada e ninguém vê.
      Aliás somos o país que ninguem vê... Que niguém viu nada.
      Chacinas na favela, morte em bairro nobre,
      Médico mata...
      Juíz mata...
      Políticos matam...
     Indepêndencia ou morte...
     Morte...
     Morte...
    Será que só esse final ecoa no país da impunidade, como se fosse uma ordem que martela em nossas mentes a ser cumprida urgentemente?
    Queremos liberdade, queremos respeito, queremos igualdade, queremos direitos, queremos deveres, queremos salários dignos, queremos sair nas ruas sem medo, queremos usar o tênis novo no calçadão, queremos paz no calçadão... Queremos VIDA.
   
                                                                                 Jacques Manz


1 comentários:

Isabelle Zaranza disse...

Amor...
Para os "Preguiçosos de carteirinha" (enquadro-me perfeitamente neste "tipo") ideal seria que houvesses colocado um link direcionando-nos para o texto.
Quase desisti de lê-lo, confesso (risosss)...
Mas, bem sabes, sou preguiçosa...
Beijos...
O texto é verdadeiramente cortante.

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